SOU MAIS - PLANO NACIONAL DE MICROCRÉDITO
Carla Ventura Vice-Presidente da CASES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O SOU MAIS é o Programa Nacional de Microcrédito (PNM), sob gestão da CASES em articulação direta com o Instituto do Emprego e Formação Profissional, que facilita o acesso ao crédito através de um financiamento de pequeno montante, até ao limite de 20.000 €, destinado a apoiar a criação e a expansão de projetos, que criem postos de trabalho sustentáveis.
Conta com uma rede de técnicos de apoio local – Rede de Entidades Certificadas para Prestar Apoio Técnico – que, de forma desconcentrada, possibilitam um acompanhamento de proximidade local aos promotores dos projetos. Com uma equipa dedicada e tecnicamente especializada, cabe à CASES efetuar a validação dos projetos que acedem ao PNM, em que é reconhecido o direito de acesso do empreendedor à linha de Microinvest e avalizado o plano de negócios a apresentar à banca. O empreendedor seleciona a instituição de crédito parceira do PNM a que quer submeter o projeto, cabendo à banca a avaliação de viabilidade do projeto e a aprovação ou recusa do crédito. O PNM, para além do acompanhamento técnico, disponibiliza ferramentas simplificadas, com linguagem corrente, que possibilitam ao cidadão comum a preparação de um plano de negócio, ultrapassando assim a convicção de que a preparação de um plano de negócio requer conhecimentos técnicos específicos, convicção essa que, normalmente, afasta o empreendedor da fase de elaboração do seu projeto. Neste Programa, considera-se essencial que o projeto seja pensado e elaborado pelos promotores, ainda que posteriormente possa ser complementado e consolidado com o apoio técnico que é disponibilizado. A simplificação dos instrumentos e o acompanhamento que é prestado aos empreendedores, tem, seguramente, concorrido para o gradual e contínuo crescimento que o Programa tem registado ao longo do tempo. Desde o seu arranque, em 2011, foram validados 1.366 projetos, com uma intenção de investimento global de 23 milhões de euros e de criação de 2.228 postos de trabalho. No último ano de execução – 2018 –, atingiu-se o número de validações mais elevado de sempre (246 processos), com um valor médio de intenção de investimento por operação de 17 mil euros. O ano de 2019 não parece ser alheio a esta tendência, tendo registado, no 1.º trimestre, um crescimento de 5% no número global de candidaturas de projetos validados e um aumento de 33% no número de candidaturas de microentidades, face ao período homólogo do ano anterior. É em 2012 que o PNM passa integrar projetos apresentados por microentidades e cooperativas até 10 trabalhadores, componente que tem vindo a ganhar expressão na execução global. Se no ano de arranque deste alargamento, esta tipologia de destinatários tinha um peso de 5,8%, no global das candidaturas, em 2018 esta componente já representa 51,6% da totalidade de processos validados para acesso ao Programa. O SOU MAIS foi desenhado com a preocupação de tornar mais acessível o acesso ao crédito a um maior número de cidadãos e de microentidades. O número de validações efetuadas pela CASES tem registado uma taxa média anual de crescimento na ordem dos 25%, valor que acompanha o crescimento das candidaturas e, em média, cerca de 50% dos projetos validados pela CASES são integrados na linha Microinvest. Os dados de execução animam-nos a dar continuidade a um Programa que permite concretizar ideias de negócio, que criam riqueza e emprego, e que possibilita que projetos – muitos deles projetos de uma vida – se transformem em realidade. Convido-vos a conhecer o detalhe da execução deste programa na Newsletter Especial da CASES dedicada ao Microcrédito. Boa leitura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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