A EXPOSIÇÃO SÉRGIO '19
Mónica Cruz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A Exposição Sérgio’19, desafio lançado pela Cases, teve como premissas ser uma exposição itinerante, maioritariamente documental, com mutação periódica dos conteúdos e organizada cronologicamente.
A concepção da exposição pretende dar uma resposta extremamente funcional ao programa proposto, materializando-se em 3 tipos de objectos: monólitos, vitrinas e sala de leitura. Apesar da sua itinerância o seu desenho foi inspirado pelo local para onde primeiramente foi concebida – Palácio de São Bento, construído no séc. XVI como convento, tendo sido alvo de de alterações e adapatações pelo Arquitecto Ventura Terra. O edifício tem um rigor de desenho e construção que acabaram por motivar a métrica dos elementos da exposição. Os monólitos são elementos verticais que recebem imagens em grande escala de António Sérgio e os textos de sala. São também utilizados para receber um ecrã para passar vídeos assim como os headphones para ouvir as entrevistas. O desenho das vitrinas, onde se integram todos os documentos e alguns objectos pontuais, reduz-se à simplicidade duma gaveta, com tampo em vidro e um plano frontal rebatível onde se coloca a linha cronológica e a informação de acompanhamento. A vitrina dispõe no interior de uma régua de luz Led, que funciona com bateria, para melhorar a leitura dos documentos, sendo eles publicações e originais. Para uma melhor fruição foram colocadas lupas nas frentes das gavetas de modo a que o visitante possa ler os documentos originais com mais facilidade tornando a experiência algo interactiva. O facto de ser uma gaveta prende-se com a necessidade de mudar os conteúdos periodicamente sendo assim esta tarefa simplificada. Na lógica da itinerância as vitrinas reduzem-se a um paralelepípedo com a dimensão da gaveta pois o plano frontal rebate-se sobre o vidro protegendo-o nas deslocações e armazenagem e os pés metálicos desencaixam-se e prendem-se no fundo da gaveta. A sala de leitura foi concebida como uma peça de arquitectura, colocada no átrio das escadarias principais, com uma forma facetada e numa posição diagonal para convidar o visitante à sua circulação envolvente, e permitir a leitura dos bustos que se encontram no espaço. No seu interior, totalmente vermelho, são colocadas estantes com publicações de e sobre António Sérgio e poltronas pertencentes à Assembleia, que permitem um momento de fruição das obras.
A cor escolhida para a exposição foi a cor do promotor – a Cases. (Imagens da Exposição) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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