COOPS BRASILEIRAS:
SUPERANDO A PANDEMIA Márcio Lopes de Freitas Presidente do Sistema OCB . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Uma crise mundial e diferente de tudo que tínhamos visto nos últimos anos. Uma pandemia que iria se refletir em várias áreas – na saúde, na política, na economia, no campo social. Um cenário que levou o mundo todo a fazer uma pausa e repensar prioridades – países, governos, instituições, setores, empresas, pessoas de todos os lugares. No Brasil, e com as nossas cooperativas, não foi diferente. Tínhamos – e temos – um novo contexto que pedia de nós uma nova postura. E foi exatamente assim que aconteceu. Mais uma vez usamos da cooperação para contornar as dificuldades e encontrar novas oportunidades. O momento nos pedia, ao mesmo tempo, agilidade e inovação. Era preciso olhar para dentro, identificar demandas, fazer a gestão de riscos e também de custos. E pensar que toda essa revolução, com impactos profundos na humanidade, tem sido provocada por um vírus microscópico! É por isso que, diante desse contexto, sempre dizemos que o caminho para contornar e superar as crises sanitária e econômica só será encontrado se pensarmos fora da caixa. Somente assim, pensando e repensando nosso jeito de produzir ou prestar um serviço, com estratégia, inovação e, acima de tudo, considerando as pessoas como parte essencial de todos os processos, teremos condições de aproveitar as oportunidades que estão surgindo, mesmo antes do período que já chamamos de pós-pandemia. Se, antes, já eram perceptíveis as mudanças que vinham ocorrendo no perfil do consumidor, agora, muito mais do que nunca, a decisão de consumir leva em consideração diversas variáveis que envolvem, por exemplo, a transparência da cooperativa, sua gestão democrática, o cuidado com seu quadro social e também de colaboradores, sua política de preservação dos recursos naturais e, claro, o que essa cooperativa faz para deixar sua marca na história desse novo consumidor. Pensando assim, as cooperativas têm tudo para sair na frente, já que são pessoas jurídicas projetadas por e para pessoas físicas, há quase 200 anos. As coops que entenderem que não dá mais para voltar ao que era antes do início da pandemia, vão prosperar com muito mais facilidade, afinal de contas, é preciso fazer valer todos os aprendizados obtidos ao longo desse histórico período de isolamento social em escala global. O mundo mudou. As pessoas mudaram. Agora, muito mais do que consumir, elas querem se relacionar com as marcas que estejam mais alinhadas com seus objetivos de vida, propósitos e valores. O consumidor moderno não tolera mais incoerências e isso ficou muito claro durante a batalha contra a disseminação da Covid-19 e a luta da comunidade científica para encontrar uma vacina que nos dê além de imunidade, esperança de que esses terríveis meses tão críticos, social e economicamente falando, terminem ainda em 2021. Enquanto muitas empresas aguardavam a decisão ou providências do governo, com relação ao novo coronavírus, as cooperativas – respeitando todos os protocolos de segurança sanitária - não pararam de trabalhar. Além de manter empregos, rever as finanças e encontrar alternativas criativas para driblar a crise, elas foram à luta para diminuir os efeitos da doença. No Brasil, temos um movimento de responsabilidade social chamado Dia de Cooperar, que estimula as cooperativas a realizarem ações que contribuam com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, da ONU. Só no ano passado, mais de 7,8 milhões de pessoas foram beneficiadas por mais de 2,8 mil ações com o selo Coop, sendo que 76% delas foram voltadas a minimizar os impactos causados pelo coronavírus. Como vemos, aqui no Brasil as cooperativas já mostram que entenderam a relevância das pessoas em todo o processo seja na produção de grãos, carnes ou na prestação de serviços nas áreas de crédito, saúde, transporte e até educação, por exemplo. Mesmo com a pandemia e seus inúmeros desafios, o movimento cooperativista continua crescendo e se destacando como um agente importante na economia nacional. Atualmente, já somos 15 milhões de cooperados reunidos em 5.386 cooperativas, com a geração de 306.548 empregos diretos. E é assim que nós queremos ver o nosso modelo de negócios, se posicionando como um setor cada vez mais eficiente e competitivo. Com lideranças inovadoras e uma gestão profissionalizada e disruptiva, trocando o tradicional pela coragem de fazer diferente e a ousadia em buscar o novo. Somos um sistema que trabalha diariamente pelo desenvolvimento sustentável de todo o cooperativismo brasileiro, e assim continuaremos atuando. Por fim, gostaria de dizer que estamos prontos para continuar trilhando esse caminho de desenvolvimento com todas as cooperativas brasileiras, seus cooperados e empregados, sempre atentos às movimentações do mercado, medindo nossos esforços e acompanhando de perto os nossos resultados. E se algum imprevisto surgir, estaremos prontos para fazer os ajustes necessários, afinal de contas, isso é ser e viver o cooperativismo. Vamos juntos?! SomosCoop! |
ENG
BRAZILIAN CO-OPS:
OVERCOMING THE PANDEMIC Márcio Lopes de Freitas President of the OCB System . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A worldwide crisis and unlike anything we had seen in recent years. A pandemic that would impact many areas - health, politics, economy, social. A scenario that made the whole world take a break and rethink priorities - countries, governments, institutions, sectors, companies, people from all places. In Brazil, and within our cooperatives, it was not different. We had - and still have - a new context that required a new attitude from us. And that was exactly what happened. Once more we used cooperation to overcome difficulties and find new opportunities. At the same time, the moment asked us for agility and innovation. It was necessary to look within, identify demands, manage risks and also costs. And to think that all this revolution, with profound impacts on mankind, has been caused by a microscopic virus! That is why, in this context, we always say that the way to get around and overcome the health and economic crises will only be found if we think outside the box. Only like this, by thinking and rethinking our way of producing or providing a service, with strategy, innovation and, above all, considering people as an essential part of all processes, we will be able to take advantage of all the opportunities that are arising, even before the period that we are already calling the post-pandemic. If before, the changes that have been occurring in the consumer's profile were already noticeable, now, much more than ever, the decision to consume takes into consideration several variables which involve, for example, the cooperative's transparency, its democratic management, the care taken with its members and collaborators, its natural resources preservation policy, and, of course, what the cooperative does to leave its mark in the history of this new consumer. By thinking like this, cooperatives have everything to come out ahead, since they are legal entities designed by and for individuals, almost 200 years ago. Co-ops that understand that there is no going back to the way things were before the pandemic will prosper more easily, after all, it is necessary to make use of all the lessons learned throughout this historic period of social isolation on a global scale. The world has changed. People have changed. Now, much more than consuming, people want to relate to brands that are more in line with their life goals, purposes and values. The modern consumer no longer tolerates more inconsistencies, and this became clearer during the battle against Covid-19 spread and the struggle from the scientific community to find a vaccine which gives us not only immunity, but also hope that these terrible critical months, socially and economically speaking, will be over in 2021. While many companies were waiting for the government’s decisions or measures related to the new coronavirus, cooperatives - respecting all health safety protocols - did not stop working. In addition to keeping jobs, reviewing finances and finding creative alternatives to circumvent the crisis, they fought to lessen the effects of the disease. In Brazil, we have a social responsibility movement called Dia de Cooperar (Cooperative Day), which encourages cooperatives to carry out actions that contribute to the UN Sustainable Development Goals. Last year alone, more than 7.8 million people were benefited by more than 2,800 actions with the Coop seal, 76% of which were aimed at minimizing the impacts caused by the coronavirus. As we can see, here in Brazil the cooperatives already show that they have understood the importance of people in the whole process, be it in the production of grains, meat, or in providing services in the areas of credit, health, transportation, and even education, for example. Even with the pandemic and its countless challenges, the cooperative movement continues to grow and stands out as an important agent in the national economy. Nowadays, we are already 15 million co-op members in 5,386 cooperatives, generating 306,548 direct jobs. And that is how we want to see our business model, positioning itself as an increasingly efficient and competitive sector. With innovative leadership and a professional and disruptive management, exchanging the traditional for the courage to do things differently and the boldness to seek the new. We are a system which works daily for the sustainable development of the entire Brazilian cooperative movement, and we will continue to do so. Finally, I would like to say we are ready to continue on this path of development with all the Brazilian cooperatives, their members and employees, always aware of the market movements, measuring our efforts, and monitoring our results closely. And, if something unexpected happens, we will be ready to do the necessary adjustments, after all, this is to be and to live in the cooperative movement. Let’s go together? We are Coop! |